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sexta-feira, 27 de abril de 2012

NA CONTRAMÃO DA LEITURA

Gabriel, o "Pensador":  dono do cachê polêmico 
(Ana Nascimento/ABr)

O poeta e frasista gaúcho Fabrício Carpinejar criou um fato cultural mais relevante e atual do que a polêmica entre Caetano Veloso e Roberto Schwarz ao cancelar ontem, por meio de uma carta aberta, sua participação na Feira do Livro de Bento Gonçalves (RS). Motivo: a organização do evento acertou um cachê de R$ 170 mil com o rapper e autor de literatura infantil Gabriel o Pensador, depois de, alegando limitações orçamentárias, fechar com Carpinejar e outros escritores um pagamento de apenas R$ 1 mil.A questão é relevante porque acende um raro holofote numa zona de fronteira típica do ambiente literário dos últimos anos: aquela em que os velhos valores cabeçudos, introspectivos e desprovidos de vintém da leitura se cruzam com os da sociedade do espetáculo, essa senhora rica, espalhafatosa e desmiolada. Uma espécie de metáfora coletiva do casamento de Arthur Miller e Marylin Monroe.A tentativa de transformar escritores em atores e livros em objetos cênicos da grande peça que hoje se encena mundo afora, chamada “Celebridades”, tem promovido a proliferação de feiras e “festas literárias” pelo país, na esteira do sucesso da Flip. Isso faz de escritores viajantes contumazes e lhes proporciona uma bem-vinda fonte alternativa de renda. O que é bom, mas esbarra em alguns limites.Escritores, com raríssimas exceções, fazem uma figura pobre como astros pop. Mesmo quando desenvolvem um estilo performático, ebuliente ou histriônico de se apresentar no palco – e o próprio Carpinejar é um dos que se inclinam por esse caminho – costumam perder para qualquer cantor indie do YouTube. Isso não significa que a literatura esteja fadada à derrota, apenas que ela exige ser avaliada por outros critérios. Não é o que vem ocorrendo.Em nome do “incentivo à leitura”, promotores de cultura de diversos escalões têm optado por lotar auditórios de gente semiletrada ao contratar um nomão que sirva de isca – é disso que se trata no caso de Bento Gonçalves, embora o tratamento de “nomão” dispensado a Gabriel o Pensador cause estranheza. A suposição é que uma pequena parte do público, como migalhas caindo da mesa do banquete, chegará até as atrações menos dotadas de “celebridade”. Muitas destas aceitam o jogo perverso e participam de eventos do gênero sem ganhar um tostão, contentando-se com passagens e hospedagens.É uma regra do liberalismo econômico que cada um tem o direito de cobrar por seus serviços aquilo que toparem pagar. Tudo bem. Mas parece claro que um “incentivo à leitura” muito mais sério e eficaz – além de mais barato – seria promover a visita de escritores a salas de aula, por exemplo, combinada com programas de leitura e discussão. O problema é que isso não sai no jornal nem se encaixa na trama de “Celebridades”, aquela peça global.O caso Bento Gonçalves é uma boa oportunidade de abrir a discussão sobre essas questões. O jornal gaúcho “Zero Hora” vem acompanhando o caso.

Sérgio Rodrigues, do site TodoProsa

sexta-feira, 20 de abril de 2012

LEITURAS PÚBLICAS 2012-2013

Com o Leituras Públicas, o autor e o texto encontram o leitor! Uma grande oportunidade para se ouvir, pelos lábios dos próprios autores, a leitura de suas obras mais conhecidas ou recentes. Importantes autores baianos da atualidade estão no primeiro ano do Leituras Públicas, sempre mediados por outros autores, professores ou estudiosos da Literatura e da Cultura. Participam, de abril de 2012 a março de 2013, Lima Trindade, Lidiane Nunes, Elieser Cesar, Ruy Espinheira Filho, Tom Correia, Iray Galrão, Lília Gramacho, Nádia São Paulo, Gustavo Rios, Márcio Matos, Karina Rabinovitz, Antônio Barreto, Carlos Barbosa e Kátia Borges, dentre outros. A poesia, o conto, o romance, o cordel e a ficção infantojuvenil no "lugar" que sempre devem estar: o leitor!

Começa nesta quinta-feira, 26 de abril, às 17 horas, no Quadrilátero da Biblioteca Publica do Estado da Bahia.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

PRIMEIRO ROMANCE DE ADELICE SOUSA


Lançamento de mais um livro do Edital de Apoio à Edição de Livros de Literatura de Autores Baianos. "O Homem que sabia a hora de morrer" (Escrituras, 2012), romance de Adelice Souza, será lançado no dia 25 de abril de 2012, das 18 às 21h, na Biblioteca Pública do Estado da Bahia, Barris.

Adelice Souza nasceu em Castro Alves-BA em 1973. Reside em Salvador. É escritora, diretora teatral, dramaturga e yoguini. Doutoranda em Artes Cênicas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA).

quarta-feira, 4 de abril de 2012

MAIS LIVROS, MAIS CULTURA!


Dias D'Ávila é o primeiro município a receber o Kit de Modernização de Bibliotecas Públicas Municipais! Às 9 horas da manhã de hoje, 1.300 títulos, 7 estantes, 3 mesas, 12 cadeiras, 2 circuladores de ar, 15 almofadas, 5 pufes, 1 quadro de avisos e 1 tapete chegaram à Biblioteca, proporcionando aos seus leitores mais conforto para ler e o que ler, pois entre os 1.300 livros há um pouco de tudo: Literatura, Literatura Infanto-Juvenil, História da Bahia, Ciência, Filosofia, Religião, Psicologia, Cultura, Dicionários etc. Agora os dias-d'avilenses têm mais motivos para fazer da biblioteca um espaço de leitura, diversão e conhecimento. A Modernização das Bibliotecas Públicas Municipais é uma ação do programa Mais Cultura do Ministério da Cultura em parceria com o Governo do Estado da Bahia, através da Secretaria de Cultura e Fundação Pedro Calmon. Entre hoje e amanhã, vão receber os kits as bibliotecas dos municípios de Mata de São João, Pojuca, Catu, Alagoinhas e Entre Rios. Sucessivamente, neste mês de abril, mais 94 municípios serão contemplados. Agora podemos afirmar com segurança que "o lugar do livro é o leitor"!